segunda-feira, 11 de abril de 2011

Férias Coletivas na Educação Infantil é Tema de Audiência Pública

Vereadores Attila Russomanno, Claudio Fonseca,
Alfredinho e o Sec. da Educação Alexandre Schneider
A defesa de uma educação infantil de qualidade e realizada em parceria entre escolas e família foi o eixo da audiência pública convocada pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes na manhã desta segunda-feira, que contou com sindicatos, associações de profissionais da área e com o secretário de Educação do município, Alexandre Schneider. A discussão foi movimentada pela recente decisão do Tribunal de Justiça de suspender as férias coletivas de janeiro nas unidades dos CEIs e EMEIs.
Durante a audiência pública, diversas entidades manifestaram-se contrárias ao posicionamento do TJ, argumentando que, sem férias coletivas, os professores passam a lidar com uma superlotação constante das salas de aula.
Do ponto de vista pedagógico, tanto parlamentares quanto a Secretaria de Educação e os profissionais presentes concordaram que, sem o recesso, as crianças saem prejudicadas. Em um documento apresentado aos demais presentes, o SEDIN (Sindicato da Educação Infantil do Município de São Paulo) chegou a afirmar que a atual decisão “fere o direito da criança de conviver no seio familiar”.
Após as manifestações de membros de sindicatos, professores e pais de alunos, Alexandre Schneider reiterou o compromisso da Prefeitura de manter frente ao judiciário o seu posicionamento favorável às férias coletivas na educação infantil.
Durante a discussão sobre o funcionamento das unidades de ensino infantil, tanto o diretor do SEDIN, Maciel Silva Nascimento, quanto os vereadores lembraram que as creches e escolas infantis foram, inicialmente, uma conquista das mulheres, que precisavam deixar seus filhos em algum lugar para poder trabalhar. Entretanto, afirmou Nascimento, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional entende a educação infantil como a primeira etapa do ensino, descartando a ideia de creches como simples “depósito de crianças, para quem qualquer coisa bastaria”.
Para Sônia Valverde, do Fórum de Regulamentação de Educação Infantil da Grande São Paulo, a perda das férias coletivas significaria um retrocesso. Segundo ela, é fundamental insistir no valor pedagógico da pré-escola, e nesse sentido os professores devem acompanhar os alunos durante todo o ano letivo. Sônia afirma ainda que as escolas dividem a responsabilidade de educar com as famílias, por isso as crianças têm necessidade de um “espaço não-institucional”.
As manifestações contrárias à decisão do TJ na audiência pública desta segunda-feira contaram até com a presença da mãe de uma aluna de EMEI, Ana Paula Lopes. Ela, que afirma não conhecer pais que discordem das férias coletivas na unidade em que sua filha estuda, defende que as mães costumam se organizar para janeiro e que muitas, como ela, já não levam seus filhos para a escola nesse período.

Fonte: http://www.camara.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3568:ferias-coletivas-na-educacao-infantil-e-tema-de-audiencia-publica&catid=34:comissoes&Itemid=91

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cônsul geral da Itália visita a Câmara

O cônsul geral da Itália em São Paulo, Mauro Marsili, visitou na manhã desta quinta-feira a Câmara Municipal e conversou com os vereadores sobre maneiras de aprofundar a integração entre as culturas italiana e brasileira.
Uma das propostas apresentadas por Marsili foi a implantação do ensino da língua italiana na grade curricular das escolas, considerando que na capital existem cerca de 6 milhões de descendentes de imigrantes daquele país. Ele lembrou do convênio já firmado entre a Prefeitura e o Consulado Geral da Itália que leva o ensino de italiano para mais de 14 mil alunos em 83 unidades escolares, mas como atividade facultativa. A ideia é que isso se torne parte da grade curricular das escolas municipais, como opção de idioma.
"Um dos objetivos desse nosso encontro foi conversar sobre isso e sobre qual maneira a Câmara Municipal pode sensibilizar o Executivo no sentido de ampliar o ensino do idioma italiano", comentou o vereador Donato (PT), que articulou a visita de Marsili à sede do Parlamento. "A cultura italiana é muito importante para a formação do nosso país e da nossa cidade", acrescentou.
O presidente da Câmara, participou da recepção ao cônsul e manifestou a disposição de levar o tema para discussão na Comissão de Educação. Ele ainda conversou com Marsili a respeito da possibilidade de oferecer um curso de italiano aos servidores da Casa, a partir de uma parceria com o Consulado.Foi comentado o desejo de intensificar as relações com os parlamentos italianos "para fortalecer a troca de experiências". Ele lembrou que muitos problemas visíveis em São Paulo, como transporte, ocupação urbana e saneamento, são recorrentes também em grandes metrópoles italianas, e daí a importância de um intercâmbio de informações.
O Vereador Attila Russomanno é autor do Projeto de Lei 366/2005, que instituiu o Dia do Imigrante Italiano no município de São Paulo, e resultou na promulgação da Lei 14.118 de 26 de Dezembro 2005, celebrado todo dia 2 de Junho, e esse ano, é o ano da Itália a ser comemorado no Brasil.

terça-feira, 5 de abril de 2011